15 de ago. de 2007

"Cansei" é proibido pela arquidiosece de São Paulo

A arquidiocese de São Paulo proibiu o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, o "Cansei", de realizar o ato programado para a próxima sexta-feira (17), na catedral da Sé, em São Paulo.
Além do ato, a intenção do "Cansei" é fazer um minuto de silêncio, às 13h, em memória das vítimas do acidente da TAM. Personalidades famosas, entre artistas, atletas e empresários, como Ana Maria Braga, Fernando Scherer e Osmar Santos, já confirmaram a participação no ato.
Segundo nota divulgada pela arquidiciocese, o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, não autorizou o ato.
"A arquidiocese não desautoriza o movimento, mas deixa claro que não encabeça o protesto e nem participa de sua organização", afirma a nota.
A nota informa ainda que a arquidiocese de São Paulo já participou de um ato religioso pelas vítimas do acidente da TAM e também celebrou missa pelos falecidos daquele trágico acidente. "A arquidiocese renova sua solidariedade para com os familiares das vítimas e suas preces pelos que perderam sua vida no acidente", diz a nota.
O "Cansei", também por meio de nota, informa que o ato cívico e o culto ecumênico irão acontecer no mesmo horário, só que, agora, em frente à catedral, na Praça da Sé.
As lideranças do movimento haviam decidido realizar o ato no interior da catedral, pois temiam represálias ao "Cansei" na rua e para evitar possíveis confrontos. Desde o seu lançamento, em julho, o movimento tem gerado polêmica. Integrantes do PT, por exemplo, classificaram o "Cansei" de "elitista" e "golpista".
Um de seus idealizadores, o empresário João Dória Júnior, arrecadou dinheiro para campanhas do PSDB.
Segundo a nota do "Cansei", o movimento não se trata de um ato político, mas de uma manifestação cívica de cidadania e de amor ao Brasil. "Com o silêncio, a sociedade poderá expressar sua solidariedade e indignação de forma pacífica, equilibrada e organizada", diz a nota.

2 comentários:

Anônimo disse...

A arquidiocese está certa. Lugar de palhaçada é no circo.

Lucas disse...

Essa manifestação é simplesmente ridícula!
O que realmente precisamos são de ações progressivas, ao invés de continuarmos quietos por mais um minuto.