27 de nov. de 2006

A BODY ART (arte corporal)

A Body Art (do inglês, arte do corpo) está associada à arte conceitual e ao minimalismo. É uma manifestação das artes visuais onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão.
O espectador pode atuar não apenas de forma passiva, mas também como voyeur ou agente interativo. Via de regra, as obras de body art, como criações conceituais, são um convite à reflexão.
Foi na década de 1960 que essa forma de arte se popularizou e se espalhou pelo mundo. Há casos em que a body art assume o papel de ritual ou apresentação pública, apresentando, portanto, ligações com o Happening e a Performance. Outras vezes, sua comunicação com o público se dá através de documentação, por meio de vídeos ou fotografias.

Suas origens encontram referências no início do século XX, na premissa de Marcel Duchamp em que "tudo pode ser usado como uma obra de arte", inclusive o corpo. Além de Duchamp, podem ser considerados precursores da body art o francês Yves Klein, que usava corpos femininos como "pincéis vivos", do americano Vito Acconci e do italiano Piero Manzoni.
Algumas das criações mais perturbadoras da body art foram realizadas durante protestos por direitos humanos relacionados à Guerra do Vietnã e ao Watergate.
Outros artistas criaram obras dolorosas, que implicavam em atos de auto-mutilação e auto-flagelação. Essas obras chegaram ao seu extremo com os Ativistas de Viena (ou accionistas) e com o também austríaco Rudolf Schwarzkogler, que mutilou seu pênis.

Estas ações de performaces são encaradas como arte. Tanto que estão catalogadas em livros: Arte Contemporânea "Uma história Concisa" de Michael Archer (pág. 114), toda via tem o que gostamos e o que não gostamos, e a maioria das pessoas acredita que aquelas ações mais severas, eram distúrbios psicológicos.

Açougueiro do Capão


Produzido por Marcelo Vaz;
Estrelando: Marcelo Vaz como Açougueiro;
Jaque Machado como Carne em metamorfose;
Iluminação, adaptação e roteiro: Bernardo Vaz;
Cinegrafia e estúdio: Luis Carlos Vaz.
CC - cretive commons / Capão do Leão 2006

25 de nov. de 2006

24 de nov. de 2006

Propriedade Intelectual debatida em encontro mundial


Nesta sexta 24.11, o ministro Gilberto Gil recebeu ministros de estado de todas as partes do mundo para debater a propriedade intelectual. O mote foi o 9º Encontro Anual da Eede Internacional de Política Cultural - RIPC. Gil, abriu o evento com o painel: "acesso a cultura, direitos autorais e novas tecnologias: desafios para a diversidade cultural".Algumas frases marcaram o Encontro, que teve participação de 68 ministros.
Suécia: " deve haver um maior equilíbrio na questão dos direitos autorais e disse que tais direitos devem obrigatoriamente ser neutros em relação às tecnologia";
Grécia: "o objetivo primordial dos direitos autorais é a criatividade e os criadores.";
África do Sul: "não devemos apoiar um sistema de direitos autorais no qual os países desenvolvidos terão muito mais 'músculos' para lutar na questão do que os países em desenvolvimento.";
Argentina: "o direito de propriedade não deve ser absoluto".
O Ministro Gil disse que estamos diante de um "trilema": autor - público - mundo corporativo". Este último, segundo o Ministro, é "poderoso, voraz e faminto". Ainda segundo o Ministro Gilberto Gil, os membros da RIPC parecem formar uma "polifonia" já que por vozes distintas chegam à mesma conclusão: é preciso promover a diversidade cultural e o maior equilíbrio dos direitos autorais.

22 de nov. de 2006

semiDEUSES na elaboração...

Video produzido por Melina Félix, com Pablo Lisboa, Lúcio Macedo e Bernardo Vaz

África + Cibernética + Psicodelia


Chico Science e Nação Zumbi emcamparam a luta racial em prol de uma discriminalização dos negros e indíos. Afrociberdelia = Africa + Cibernética + Psicodelia. Com isto podemos perceber sua relativização com a subjetividade criativa e a produção musical e artística, que reunida com a reivindicação sofisticada, traduzia muito do Brasil orgânico. Não esqueceu de captar os instrumentos e ferramentas contemporâneas. Viva Chico Science


Neste CD Chico Science recita poesia que diz


VIVA A ZAPATA,
VIVA A ZUMBI,
A ANTÔNIO CONSELHEIRO.
TODOS OS PANTERAS NEGRAS,
LAMPIÃO SUA IMAGEM E SEMELHANÇA.
EU TENHO CERTEZA,
ELES TAMBÉM CANTARAM UM DIA
(Chico Science)



AGORA SENTE A ENERGIA!!!


CulturaLIVRE em memória à ZUMBI e seus filhos de agora

Dia 20 de novembro marcou o dia da consciência negra. O movimento se organizou e saíu as ruas. Em tempos distantes isso não era aceito pela hierarquização cultural e racial que se estabelecera, implementada pela elite branca do mundo. Isto sujou a história da humanidade e é motivo de vergonha para muitas pessoas. A discussão está acontecendo e alguns sites interessantes debatem e divulgam os avanços e derrotas do movimento negro. CulturaLIVRE não poderia deixar de mencionar que a liberdade cultural que os negros e negras, lentamente estão conquistando está se cristalizando, mas, ainda muito longe de ser plena.
Podemos encontrar em alguns sites, temas que discutem a semada da Consciência negra: mundonegro, o movimento da negritude, O brasil negro, O movimento Negro Unificado. No Brasil a semana da consciência Negra é de 17 à 21 de novembro e foi instituída na década de 1970, para celebrar a morte de Zumbi dos Palmares em 1695. A data é lembrada no sentido de resgatar a luta do povo negro em resistência à escravidão.
CulturaLIVRE é paridade racial.

16 de nov. de 2006

TOM ZÉ - Estudando o Pagode - Na Opereta SEGREGAMULHER



A TRAMA VIRTUAL tem em Tom Zé, uma das figuras que potencializam as questões discutidas nestes anos como, a cultura livre e os preconceitos humanos. Em 2005, Tom Zé produziu a "Opereta Segregamulher" tratando de questões de gênero. As chaves deste trabalho são: A segregação da mulher e a segregação do Pagode. Com Tom Zé, atua Suzana Salles.
Mistura entre música e teatro, a Opereta apresenta reflexões a cerca das questões de gênero, colocadas com o toque que só o Tom Zé daria.

6º "ARTE: EXPRESSÃO E IDENTIDADE"


Propondo um desafio à criatividade dos artistas dentro dos diversos segmentos e técnicas, valorizando prédios históricos da cidade, o evento surgiu como projeto ousado, visando congregar o patrimônio histórico cultural com a arte contemporânea. Assim, ao final de cada ano, o Arte: Expressão e Identidade leva o público ao interior de prédios históricos para apreciar obras de artistas de Pelotas e região, proporcionando uma retrospectiva ao passado.
O prédio do Grande Hotel foi o cenário das quatro primeiras edições do projeto. Há dois anos, o MAPP optou pelo prédio do Clube Comercial de Pelotas – rua Felix da Cunha nº 663 –, objetivando resgatar o interesse da comunidade pelo Clube e incentivando a valorizando de seu passado. “Apresentamos uma proposta de aproveitamento deste espaço para demonstrações da produção artística local, como uma das ferramentas para a retomada do crescimento do município” destaca a direção do MAPP.
O VI Arte: Expressão e Identidade está aberto à visitação (gratuita) até o dia 24 de novembro, de segunda a sábado, das 15h às 21h. Além de exposições e bazar, durante o evento acontecem diversas oficinas e palestras.

Foto: obra de Vera Souto

11 de nov. de 2006

Generosidade Intelectual da banda Mombojó

A banda Pernambucana: MOMBOJÓ (veja clipe abaixo), disponibilizou seu primeiro disco, "Nadadenovo", para download gratuito na internet, incluíndo faixas abertas para remix, através da licença Creative Commons (CC). Muitas outras bandas e artístas estão aderindo ao CC como forma de estimular o conceito de cultura que engloba: Conhecimento compartilhado, generosidade intelectual e construção coletiva. O ministro Gilberto Gil tem sido fundamental neste processo como artísta e como estadista. O projeto "Pontos de cultura", do Minc, tem trabalhado no sentido de dar o suporte básico para que a cultura local possa se expressar e se difundir em escala mundial.
Vamos trocar o modelo de "um-para-muitos" pelo modelo "todos-para-todos"?

Música "Cabidela" da Banda Mombojó no Trama Virtual

7 de nov. de 2006

As ruas de Londres são o chassi da arte do grafiteiro BANKSY

Nada se copia, tudo se REMIXA

A cultura do REMIX está aí para acabar, ou estreitar a distância entre, criador e consumidor de cultura. É o 'novo' hábito de quem vive a cibercultura nos seus desdobramentos. O enfraquecimento dos meios de comunicação, que antes eram soberanos e agora se vêem ameaçados, está em curso para o desaparecimento do pôlo emissor da informação. Agora qualquer computador é um pôlo emissor, ou mais uma célula do grande tecido da cibercultura.
Estas mudanças estão dentro de uma quebra de paradigmas, que podem, tanto se incorporar no aquecimento da economia global no fomento ao capitalismo cibernético, como democratizar não só o aceso a informação, mas a emissão da informação com eco planetário. O importante é percebermos que a emissão da informação é elasticamente mais importante que o aceso a ela, no sentido do poder político. Os movimentos de democratização da comunicação começam a embarcar neste barco e navegam atraves da internet na perspectiva de emitirem informação para serem percebidos e reconhecidos por todos.

6 de nov. de 2006

Uma das inspirações do CulturaLIVRE

Lawrence Lessig é professor Norte Americano e remonta a 1997 suas primeiras análises a respeito da internet. "Cultura Livre", de 2004, EUA, é o terceiro livro que este autor lançou do tema. O primeiro tratava do "código" e o segundo da expansão desmensurada dos direitos autorais e do modo como o espaço para a cultura comum, (commons) fica mais reduzido. Esta obra fala sobre a luta pela evolução tecnológica ao longo do século XX e da "cultura remix", "a cultura da colagem, é a cultura como materia-prima da própria cultura" nas palavras de Ronaldo Lemos que é quem abre este livro.
O blog culturaLIVRE talvez tenha saído das leituras sobre cibercultura e democratização da comunicação, mas muito deve ao livro cultura livre de Lawrence Lessig.

5 de nov. de 2006

CulturaLIVRE

CulturaLIVRE é o blog que vem pra tentar preencher um vázio que só eu enxergo. Ocupamos brechas, somamos ao todo, criamos conexões, aderimos a movimentos, sentimos pelo próximo...
O que sei não é meu, é da humanidade; O que fui já não interessa mais, a não ser para apontar para o futuro; O que ainda não me "apropriei" é um desafio e peço as energias que regem o mundo para que me possibilitem a absorção!
CulturaLIVRE não é só da cultura livre, é da cultura erudita, da popular, da patrimonial, da imagética, da musical, da política, da antopológica, da sociológica, da dos amigos e amigas, de Pelotas, do Brasil e seus rincões.
Cultura LIVRE é também espaço para textos de outro/as e imagens.
A liberdade de expressão via internet, divulgando e dissimulando, defendendo e criticando, bem como manda a luta. Por aqui vamos estudando e comunicando....