Publicitários debatem o fim dos comerciais de 30 segundos (do idgnow)
As mídias digitais anunciam o fim dos comerciais de 30 segundos? Eles tendem a se transformar, mas não irão acabar ou perder sua força, opinou Suzana Apelbaum, sócia e diretora de criação agência Hello.
Um debate entre Suzana e Luis Grottera, sócio, presidente e CEO da TBWA do Brasil, mediado pelo diretor do núcleo digital do Meio & Mensagem, Marcelo S. Gomes, encerrou o primeiro dia (09/08) do Digital Age 2.0. Os profissionais divergiram a respeito da integração da rede à publicidade tradicional.
Grottera declarou estar assustado com as perspectivas apresentadas pelos outros palestrantes. ”Há 30 anos, disseram que a TV era a solução para tudo no marketing, mas 20 anos depois chegou a internet. A web 2.0 não soluciona tudo”, declarou.
Em relação ao fim dos comerciais de 30 segundos devido ao crescimento online, Grottera opinou que eles “não serão substituídos nem acabarão. O casamento das duas coisas é o ideal.”
De acordo com Suzana, a web é mais favorável à construção de relacionamentos e mais eficiente para entregar produtos. “Hoje, as mídias tradicionais são limitadas para mostrar a relevância do produto. A internet preenche o vácuo deixado por elas, que é o espaço que interessa ao consumidor”, diz Suzana.
”A web acrescenta a noção de tempo e espaço à mídia, mas ainda estamos nos adaptando a ela”, divergiu Grottera.
Quando foi exposta a relação entre custo e benefício, as opiniões também se opuseram. “Com as alternativas digitais, a propaganda de 30 segundos tende a se transformar e a web se mostrará como a melhor alternativa de investimento”, salientou Suzana. Contudo, Grottera expôs que “os preços na web irão subir conforme a demanda crescer. Esta mídia está apenas no começo de sua história”, concluiu.
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