8 de dez. de 2007

Creative Commons faz cinco anos

Para marcar a data, haverá festas em San Francisco, Nova York e Berlim, com participações de convidados como Lawrence Lessig, autor do livro "Cultura Livre", e do ministro da Cultura, Gilberto Gil

O Creative Commons, projeto que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais, comemora cinco anos hoje.
Para marcar a data, haverá festas em San Francisco, Nova York e Berlim, com participações de convidados como Lawrence Lessig, autor do livro "Cultura Livre", e do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
No Brasil, a comemoração será feita no Fórum do Software Livre, que ocorre em Porto Alegre, em 2008.
Em cinco anos, o Creative Commons
se estabeleceu em 50 países, licenciando mais de 140 milhões de obras, de acordo com Ronaldo Lemos, diretor nacional do projeto (www.creativecommons.org.br).

O conjunto de licenças permite o licenciamento e distribuição de conteúdos culturais, como textos, músicas e filmes, de acordo com critérios estabelecidos pelo autor.
"O Creative Commons
tem sido visto como uma ferramenta importante para fortalecer autores e políticas de gerenciamento de direitos intelectuais, tanto privadas quanto públicas", diz Lemos.
Segundo ele, o CC tornou-se uma das principais ferramentas da web 2.0 por oferecer uma base jurídica para a criação colaborativa e ser integrante de vários projetos nessa área, como o Flickr e o brasileiro Overmundo (
www.overmundo.com.br).


Ciências
O CC possui desdobramentos importantes, segundo Lemos. Um deles é o Science Commons (
www.sciencecommons.org), que cuida da disseminação do conhecimento científico. "É um dos poucos projetos no mundo hoje que podem ser considerados de web 3.0, pois usa uma nova forma de articular o conhecimento científico."
Outros são o iCommons, cuja missão é apoiar a comunidade global ligada ao acesso livre e desenvolver projetos no mundo todo, e o CC-Learn, que atua na criação de materiais educacionais abertos.
O CC hoje é utilizado em vários países como instrumento de gestão da propriedade intelectual, conta Lemos. "Os exemplos incluem desde o ministério da Educação do Chile até a televisão pública na Alemanha, que licencia sua programação em CC."

Fonte: Folha S.Paulo - 05/12/2007

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